Vivo num mundo onde o céu é roxo.
O chão é laranja e ninguém se ama.
As pessoas apenas dividem a cama.
Toda mão se segura num aperto frouxo.
O chão é laranja e ninguém se ama.
As pessoas apenas dividem a cama.
Toda mão se segura num aperto frouxo.
Poesias acabaram, todo amor é chocho.
Paixões rápidas encontradas na lama,
Todas elas com apagada flama,
Presas fáceis para o bico de um mocho.
O predador noturno de olhos castanhos,
Voa no céu roxo à procura de estranhos,
Para satisfazer os seus desejos insólitos.
Quando enfim acha a quem procura,
No chão laranja, não ama, tampouco segura.
Prega esse modo de vida aos seus acólitos.
Jesús Osefel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário