terça-feira, 28 de dezembro de 2010

" Em pouso desesperado jaz a esperança
Numa cova controversa que vivifica e tras paz
Mesma esperança consagrada aquela criança
Que logo a minha frente numa cova triste jaz


V ive a dor pequeno forte
que em berço de rosas agora estás
tu será fiel até a morte?
vejo que sim, visto que daí não sairás mais


pois esta pá que em minha mão vais agora ver
dar-te-á o descanso das consolações
alegra-te! Pois o mundo irá te esquecer
E ao te enterrar só areia terás em teus pulmões


É chegada a hora meu caro jovem
de a luz da noite jamais poder desfrutar
E me desculpe! mas mesmo vendo seu desespero selvagem
destas cordas não poderei eu te desamarrar."


Fernando Ximenes.
"Delírios sórdidos distorcem a realidade
Vivenciam canais de rupturas lunáticas
Corrigem a vida e deixam a sanidade
A corrida de amargura foi vencida por todos
E o perdedor não será mais lembrado

Foges para longe, ó grande Insano
A estrada do Macabro já está pronta
E tu, menino Louco, descansa em tua cama
Pois como trovadores sem rumo somos

Perturbações, da Lua nos foram trazidas
E são regadas pela claridade da Lua nova
Dissertações empíricas fazem tais alusões
Como um cajado que despedaça um espelho".

V. Júnior.