quinta-feira, 18 de maio de 2023

Dê-me um copo cheio de Bukowski
E uma ponta apagada de charuto.
Lerei mais uma rima de whisky
Enquanto bebo um poema fajuto.
É por mim que os copos dobram,
Ao chorar a saudade de quem já amei.
Vão-se amores vazios, rimas sobram:
Soco na boca dado por Hemingway.
Das minhas putas tristes, boas memórias.
Destiladas do mosto de Garcia Márquez.
No fundo da garrafa: gotas de estórias.
Todas sobre álcool, beijos e toques.
Bebo todos eles, tenho ressaca de rimas,
E fumo pontas de paixões ilegítimas.

V.

Nenhum comentário:

Postar um comentário