Na calada da noite ela espreitava
Buscando um momento, apenas um
Que seria certo e inesperado
E nada o poderia evitar, nada, eu disse
As vezes mais de uma vez ela vinha
Como se somente uma não bastasse
Porém digo-vos: Nada mais é como antes
E o tudo agora não é mais nada
Em que ponto de toda essa existência
Se fez conhecer tal acusação?
Ou até mesmo tal acusador?
Em nenhum, eu respondo, tudo é novo
E, não obstante, o nada sobre o tudo reinar
Nada mais será como antes
E tudo voltará a ser como era
Pois juntos serão os dois um só.
Júnior, V. Aguiar de Lima.