sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Na calada da noite ela espreitava
Buscando um momento, apenas um
Que seria certo e inesperado
E nada o poderia evitar, nada, eu disse

As vezes mais de uma vez ela vinha
Como se somente uma não bastasse
Porém digo-vos: Nada mais é como antes
E o tudo agora não é mais nada

Em que ponto de toda essa existência
Se fez conhecer tal acusação?
Ou até mesmo tal acusador?
Em nenhum, eu respondo, tudo é novo

E, não obstante, o nada sobre o tudo reinar
Nada mais será como antes
E tudo voltará a ser como era
Pois juntos serão os dois um só.

Júnior, V. Aguiar de Lima.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A dama sem rosto 

Quem me dera conhecer tal dama que não tem rosto
E poder mostrar-lhe o quão amorosos são os meus  beijos
Porem de mim ela foge e me repudia com tanto desgosto
Que sofro por ser ela a mulher por quem sinto tantos desejos

A dama sem rosto tem mais do que um gosto,um beijo de mel
O mel que adoça a vida e a alma e também me acalma levando-me ao céu
Distrai minha mente e me diz o que sente,quer me dar seu amor
E eu louco suspiro  a amar me retiro ou a  arder em fervor
Ela diz que não ama e se contorce na cama enquanto sorrir
E eu bobo que  vejo o quanto  á desejo e a  vida com querer  dividir
E ao fim da noite me diz 
com açoite que me ama e me quer
Porem eu sabia que só em  sonhos ela existia um ser  perfeito... linda mulher


Quando  acordei   triste me vi,pois  ninguém estava a me abraçar
E  levantei –me buscando o traço da noite que sonhei 
Porem me  acalmei e com aquela euforia  comecei a pensar
Que naquela noite de sonho pela dama sem rosto me apaixonei


Fernando Ximenes.

"Ao relento frio
Sentei-me e fiquei
Parei, pensei
E dali não saí
"O que mais?"
Não sei, e nem quero
"Não quer o que?"
Não importa mais
Pois ali fiquei
Parado ao relento
Sofrendo por algo
Que nem conheço
"Por que?"
Só Deus sabe"


Júnior, V. Aguiar de Lima.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"A história conta tudo o que você não quer ouvir
As peças do quebra-cabeça estão todas lá
Perdidas pelo tempo numa louca dimensão
Que está esperando alguém que a decifre

Quem seria capaz de decifrar tal história?
Mil peças de prata para quem o fizer
Para aquele que montar a imagem
De tal maneira que todos possam entendê-la

Embora o prêmio seja bom, ninguém decifrará
Pois tal conhecimento sempre será inatingível 
E aos olhos humanos tudo será como sempre foi
Sempre haverá mais perguntas do que respostas

E no dia em que todas forem respondidas 
O homem saberá o que lhe aguarda
Nas linhas do destino, certo e impiedoso 
Que antes do seu nascimento já foi traçado"

Júnior, V. Aguiar de Lima.


“Naquele meu mundo, triste e monocromático
Conheci a vida como me foi apresentada
Deprimida e sem cores, assim era
Até o dia em que o vermelho eu conheci

Naqueles cabelos, ahh... naqueles lábios!
Naquele vestido, ahh... sim, o vestido!
Nada no meu mundo era tão belo
Ahh...quantos ais!Muitos, mas não o bastante

Perdi-me loucamente naquela paixão
Estava cego, eu admito, mas não me importava
Mas a linda Dona de vermelho não acreditava
E o meu coração ela pediu, como prova de amor

Que pedido estranho, eu pensei
Mas dela não discordei, e fiz o que me pediu
Arranquei-me o coração... Aquele vermelho,
Que tanto me encantou, foi a ultima cor que eu vi.”

Júnior, V. Aguiar de Lima
A largos passos quero ver-te amada  minha querida 
E se vais deixar-me quero alguem a consolar meu coraçao
Quero tambem poder seguir a minha vida
E ter a alegria de não viver na solidao

Quero  com os meus mais siceros sentimentos
Que sejas muito feliz ao lado de quem te ama 
Não queria eu ser na tua vida tao poucos  momentos
E sentir tal dor que peito a dentro me derrama

Quero  esquecer-te  para mais feliz na vida poder seguir
Porem se tu voltares jamais te rejeitarei
Pois guardo comigo a incerteza do povir 
E durante toda esta vida para sempre te amarei

Perdido agora estou no meu penoso sofrimento
E tristonho apenas desejo mais um olhar dos teus
Pois por esse olhar darei eu  qualquer pagamento
Para reverter em alegria a tristeza do teu adeus

 Fernando Ximenes.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Aos poucos as horas se tornaram dias
As unhas não pararam de crescer
E eu não conseguia parar de roê-las
Nem mesmo quando não havia mais nada para roer

A minha mente conversava comigo
Me falava que aquilo não era real, nem mesmo eu
E que as unhas iriam sim parar de crescer
Mas por enquanto teria que me acostumar

Me sentia preso em um lugar escuro
Fedendo a madeira e areia molhadas
As vezes sentia como se estivesse sob uma goteira   
Que estava ali apenas para me incomodar 

Aos poucos minha mente ia me convencendo 
De que tudo aquilo já havia passado
Me dizia que nada eu poderia estar sentido
Pois nesta vida, eu já havia sido enterrado.

Júnior, V. Aguiar de lima.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tic-tac... Tic-tac... Tic-tac... Era tudo que eu ouvia
Na calada da noite nada parecia ter vida
E apenas eu, sonâmbulo como sempre, vivia 
Em uma busca, talvez, queria encontrar algo, isso eu sei
Ou não sabia? Quem era e o que eu queria?
"Era apenas um vulto no seu quarto", sua mãe dizia
Mas não se assuste, eu retrucava, pois era você quem eu procurava
Um ser magnífico para comigo viver
Perambulando  pelas noites... Ah!

Seria perfeito, ao meu ver.

Júnior, V. Aguiar de Lima.