sábado, 1 de novembro de 2025

Não escreverei nenhuma poesia.
A verdade é que a vida no papel
Pode ter sabor de mel ou de fel,
De profunda tristeza ou de alegria.

Arcádia é uma espécie de bordel.
Tudo neste papel é utopia.
Meu eu-lírico astuto já sabia:
A minha lira é uma arma cruel.

Um paradoxo em forma de poema.
Já montei meu infeliz estratagema:
Trocarei a lira por algum solvente.

Apagarei da mente a minha Musa
Antes que essa fantástica medusa
Transforme em pedra toda a minha mente.

V.


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