sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Fez-se eterna, ó tão efêmera noite.
Como ignis fatuus, breve e brilhante.
Fogo bravo, chicote para açoite
Que cintila de um jeito fascinante.

Fez-se efêmera, ó tão eterna noite,
Fugaz felicidade flamejante.
É fácil se assustar, mas não se afoite,
Há ainda mais surpresas logo adiante.

Uma noite que cabe a vida inteira,
Noite e dia, madrugada alcoviteira.
Fata Morgana ascende no horizonte,

Mas logo desce e para sempre some.
Breve noite eterna que o homem come,
Vê o Sol nascer do barco de Caronte.

V.

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