Um brinde à tristeza que me carcome.
Eu já aceitei meu amargo destino.
Sou um vazio, sofrendo desde menino,
Que foi registrado sem sobrenome.
Eu já aceitei meu amargo destino.
Sou um vazio, sofrendo desde menino,
Que foi registrado sem sobrenome.
O dissabor da noite já me consome;
Sinto subir à boca um retrogosto alcalino.
Meu espelho reflete tudo o que abomino,
Quem se mistura comigo farelo come.
Até no Zodíaco já busquei justificativa
Para essa minha existência à deriva.
Mas nem os astros responderam meu choro.
Eu tentei ser o homem da gravata florida,
Apenas para descobrir que minh'alma é lúrida.
Onde piso deixo um rastro de mau agouro.
V.
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