Chegou a temida noite de domingo.
A Besta-fera de dez diademas
Que rasga meu peito buscando poemas.
Mas quase nada rima com domingo!
A Besta-fera de dez diademas
Que rasga meu peito buscando poemas.
Mas quase nada rima com domingo!
Não se acha nem mesmo um "i" sem pingo!
Domingo é como um par de algemas,
Prendem as mãos até verterem postemas,
A razão de todo o meu choramingo.
Que dia maldito! E há quem o chame "santo".
O maior culpado por esse meu pranto
Que ninguém me ajuda a enxugar.
Mas para ser justo, a Besta-fera sou eu.
Rasgo e destruo tudo o que é meu
Na esperança de a minha tristeza expurgar.
V.
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