Não mereço nenhuma das paixões que despertei.
Tampouco os amigos que fiz.
Meu valor está no fundo das garrafas que sequei,
No meu charme e nos meus ardis.
Tampouco os amigos que fiz.
Meu valor está no fundo das garrafas que sequei,
No meu charme e nos meus ardis.
Não caia na teia da minha rima infeliz,
No conto do meu eu-lírico que eu mesmo defenestrei,
E cujos delirantes versos febris
Descaradamente usurpei.
Não se iluda com o meu ritmo,
Com a métrica do meu verso íntimo,
E nem com meus textos autodepreciativos.
Eu não mereço sua admiração.
A beleza do meu magoado coração
Já foi eclipsada por incontáveis curativos.
V.
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