domingo, 12 de janeiro de 2025

Buscando meu heterônimo pelo Éter
Achei apenas seus restos de matéria.
E na sanguinolência da bactéria
Acabou-se a altivez do mau-caráter.

Virou húmus, com a graça de Deméter.
O sangue apodrecido em cada artéria
Aberta, exala sua última blasfêmia.
E, dos vermes, tornou-se Alma Mater.

É um ciclo de incertezas ontológicas;
É a Geena e suas forças sarcofágicas.
O fim do pensamento racional.

É nessa quintessência fria e hipotética
Que se devora, assim, de forma poética,
A arrogância de quem não era especial.

V.


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