quarta-feira, 22 de maio de 2024

Eu, este poeta triste e melancólico,
Possuo a nobreza enferrujada
De uma alma pobre, enjaulada,
Criada por um deus diabólico.

Perdida entre o literal e o simbólico,
Minha mente cansada, atordoada,
Sente uma culpa exagerada,
Fruto do meu passado católico.

Queria o mesmo fim dos ultrarromânticos.
Ou o dos roqueiros frenéticos,
Que antes dos trinta morreram imortais.

Mas não deixarei legado algum.
Mesmo que ainda viva até cem, cento e um!
Deixarei apenas textos tristes e imorais.

V.

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