Eu, este poeta triste e melancólico,
Possuo a nobreza enferrujada
De uma alma pobre, enjaulada,
Criada por um deus diabólico.
Possuo a nobreza enferrujada
De uma alma pobre, enjaulada,
Criada por um deus diabólico.
Perdida entre o literal e o simbólico,
Minha mente cansada, atordoada,
Sente uma culpa exagerada,
Fruto do meu passado católico.
Queria o mesmo fim dos ultrarromânticos.
Ou o dos roqueiros frenéticos,
Que antes dos trinta morreram imortais.
Mas não deixarei legado algum.
Mesmo que ainda viva até cem, cento e um!
Deixarei apenas textos tristes e imorais.
V.