Vejo um reflexo trêmulo, tão pálido,
Com um olhar perdido e melancólico,
Nas águas do infortúnio diabólico
Que a travessia custa um óbolo gélido.
Com um olhar perdido e melancólico,
Nas águas do infortúnio diabólico
Que a travessia custa um óbolo gélido.
O barqueiro tenaz navega intrépido
Nesse hediondo martírio, amargo e cíclico,
Descendo para o inferno metafísico
Onde a húbris queimará meu coração hórrido.
No Tártaro, minha última parada,
Os pecados de uma alma perturbada
Emergirão da própria consciência.
E o que deveria entrar como uma farpa,
Com a loucura adoçada pela sapa
Não passará de pura autoindugência.
V.
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