quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Louco e o Macabro, parte II 


Continuou o Macabro:


"Pode a inspiração lhe interpretar?
Ahh... Agora entendo, não foi você quem disse
As vezes também me pergunto o que eu quis dizer,
Sendo que não foi eu quem disse também
Pode ser que eu não lhe entenda
Pois suas palavras nada para mim são
Apenas mais um discurso debochado
Onde de novo me contradigo...
Não me importo se ficará zangado
Mas digo-lhe que para mim não existem loucos
Porém a tenebre loucura existe 
E você não parece possuí-la."

O respondeu o Louco:

"Aceito sua descrença
E não me zango por isso
Mas também não acredito que você,
Que tanto fala palavras bonitas
Seja obscuro a ponto de ser taxado de macabro
Não pelo vocabulário, claro
Mas sim pelo seu modo de pensar
Minha descrença se baseia no que não vejo
O que não vejo me mostra o que não existe
O que não existe fala que não o entendo
O entendimento desaparece 
Por isso acredito que nada de macabro você tem
Por isso acredito que você não existe."


Júnior, V. Aguiar de Lima.

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