quarta-feira, 19 de julho de 2023

Quando ele olhou suas fotos daquela vez,
Prometeu que nunca mais sofreria,
Que não perderia mais um minuto do dia
Gastando com ela seu péssimo francês.

Mas ele faz essa promessa todo mês,
E escreve para ela mais uma poesia.
Uma paixão que lhe causa hiperalgesia,
Fazendo o poeta sucumbir aos clichês.

Uma promessa impossível de cumprir,
A "porta da esperança" que escolheu abrir
Sozinho, não traz prêmio algum consigo.

Como que ele enterrará tanto amor?
Conseguirá viver num solitário esplendor
Sendo vítima do seu próprio fogo amigo?

V.

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