" Em pouso desesperado jaz a esperança
Numa cova controversa que vivifica e tras paz
Mesma esperança consagrada aquela criança
Que logo a minha frente numa cova triste jaz
V ive a dor pequeno forte
que em berço de rosas agora estás
tu será fiel até a morte?
vejo que sim, visto que daí não sairás mais
pois esta pá que em minha mão vais agora ver
dar-te-á o descanso das consolações
alegra-te! Pois o mundo irá te esquecer
E ao te enterrar só areia terás em teus pulmões
É chegada a hora meu caro jovem
de a luz da noite jamais poder desfrutar
E me desculpe! mas mesmo vendo seu desespero selvagem
destas cordas não poderei eu te desamarrar."
Fernando Ximenes.
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