Na minha gaveta há muitas rimas mortas.
Rimas pobres, porém, ricas em saudade.
O texto mentiroso mais cheio de verdade:
A Poesia de amor escrita em linhas tortas.
Rimas pobres, porém, ricas em saudade.
O texto mentiroso mais cheio de verdade:
A Poesia de amor escrita em linhas tortas.
Escrita pela mão que o baralho marcado corta.
Que sabe qual carta será puxada, sem vontade,
Por alguém que já duvida de minha idoneidade
De poeta vadio que com a vida não se importa.
Por alguém que já duvida de minha idoneidade
De poeta vadio que com a vida não se importa.
Na metalinguagem das minhas rimas deixo escapar
Que na minha Musa não paro de pensar,
Mas apenas o mofo no fundo da gaveta lerá.
Rimas mortas servindo de matéria orgânica,
Farão crescer um bolor de aparência tifônica,
E que aos poucos meu pobre coração matará.
V.