Aquele som rasgou a mortalha inteira.
De ponta a ponta, a gélida mortalha
Que separava os “deuses” da “gentalha”
Precisa, agora, de uma costureira.
De ponta a ponta, a gélida mortalha
Que separava os “deuses” da “gentalha”
Precisa, agora, de uma costureira.
E quem diria que o grito de um canalha
Colocaria um fim nessa fronteira!?
Nem a morte de um santo na fogueira
Havia rasgado tão divina malha!
Colocou toda a vil humanidade
De frente para a ignóbil “santidade”.
Um grito que tentaram abafar.
Grito de desespero que ainda ecoa,
Que tomou da cabeça oca a coroa,
Corrigiu uma injustiça milenar.
V.