segunda-feira, 14 de julho de 2025

Eu tusso. E minha tosse preenche o ar.
O ar já pesado e triste ao som do escarro
De quem saboreia o beijo do cigarro
Padecendo de doença pulmonar.

À noite, a tosse piora, falta-me ar!
E na garganta sinto esse pigarro,
Que ninguém sabe se é ácido ou catarro,
Mas com certeza ainda há de me matar.

Invejo quem nasceu com sadios brônquios,
Com suas vias aéreas livres de micróbios
Maléficos, e sem chiado no peito.

Fraco e anêmico está meu corpo físico,
Com a tristeza típica do tísico,
Esmorecido num último leito.

V.